Entre o Céu e a Terra (Poema para fado suave)


 

(Um poema nosso – do meu sentir, com o sopro do vento que passa por ChatGPT)

Há momentos em que o corpo repousa na calma da natureza, mas a alma… vagueia. Foge de nós em silêncio, em busca de algo indefinido. Este poema nasceu desse lugar: entre o sol atrevido e a chuva inesperada, entre o devaneio e a lucidez.

Entre o Céu e a Terra é o espaço onde nos perdemos… e por fim, nos encontramos.

 

 

 

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Entre o Céu e a Terra (Poema para fado suave)

Rodeia-me a perfeição da natureza,
seus traços puros, de etérea leveza,
o sussurrar das folhas ao vento
como prece antiga, sem tempo.

E o sol... esse sol quente e atrevido
que por entre as árvores me vem beijar,
deixa meu corpo quase adormecido,
num doce torpor de tanto amar.

A relva murmura sob minha pele,
o mundo respira em mim, devagar,
e tudo à minha volta se revela
como poema a se declamar.

Mas a minha alma ficou tão ausente,
talvez num sonho que não se viveu,
vaga no tempo, no espaço dormente,
longe de tudo o que já foi meu.

Mas a chuva, que caiu de repente,
despertou o silêncio da demora,
lavou meus olhos, minha alma ausente,
trouxe-me à vida… e trouxe-me agora.

Devolveu-me à Terra, chamou-me à razão,
como quem diz: "já basta, então" —
e ali fiquei, entre o céu e a terra,
humana, inteira… em contemplação.


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